irar o bico ao prego: A XXI Conferência de Presidentes das Regiões Ultraperiféricas Europeias (RUPs) realizou-se no Funchal, contendo uma sessão temática sobre “As Regiões Ultraperiféricas e o transporte marítimo e aéreo: desafios e oportunidades”. O Governo Regional indicou a necessidade de "rever o enquadramento dos auxílios de Estado ao transporte marítimo, a fim de permitir o apoio público a ligações entre as regiões e os países terceiros" que, deveria ser concretizado "de uma forma permanente para assegurar a sustentabilidade económica destes territórios a longo prazo”. O Presidente da Conferência dos Presidentes das RUPs realçou uma "persistente inadaptação dos instrumentos da política comum de transportes para reduzir o défice de acessibilidades" nestes territórios.

Os nossos portos tornaram-se caros e obsoletos por processos que visam alimentar uma longa cadeia de serviços que deveriam ser reestruturados. Falhamos pelo menos dois “up-grades” na gestão portuária nas últimas décadas. Estamos a falhar novamente com a abertura do novo Canal do Panamá que tem repercussões nos portos regionais, se estes desejarem. Era previsível que estes contratos trouxessem problemas. O desejado ferry Madeira–Continente é prova disso. Ao contrário da orientação na sessão temática, tomando o ferry por exemplo, o problema é endógeno. O GR não tem capacidade para associar a exploração da linha Madeira-Continente a outra actividade lucrativa nos portos para cumprir a função social e económica de um ferry. A Madeira não consegue concretizar sinergias para replicar o que o Armas concretizou beneficiando a Madeira com o “volume” das Canárias. A Madeira não consegue aplicar dividendos dos portos para viabilizar o ferry, porque não recebe, limita-se à isenção das taxas portuárias e remete a solução para Lisboa.
"O eleitor só conhece
a imunidade
à qualidade de vida"
De carteira aberta: Tratei de uma reserva na tarifa económica restrita que chegou ao somatório de 889,31€ (Fun-Lis-Fun). Entre um alarve e a barbeiragem, você pode ficar liso e em terra a meio da viagem. Vi tarifas elegíveis para o Subsídio Social de Mobilidade (SSM) mais caras do que as Executivas, não elegíveis. Significa que o limite dos 400€ é suficiente e o das tarifas provoca aberrações. Vi a TAP a se aproveitar da remarcação de viagens com o horizonte dos 400€ em mente (nova factura, novo cartão de embarque). A culpa é de Lisboa?
Estive durante 10 horas a tentar ser atendido, por telefone, pelas Reservas da TAP. Tive sucesso às 3:30 da madrugada, na tentativa de ajudar portugueses enrascados no estrangeiro porque não há saldo que aguente as esperas naquele 707 das Reservas a cantar de “braços abertos”. A TAP quanto pior atende mais factura. Encarei as informações da primeira de duas chamadas como fidedignas para descobrir na segunda que a primeira não tinha informado bem, voltei à estaca zero e presumi que eram mesmo as “reservas”. A TAP provoca despesas aos clientes para cobrar com cara de pau à luz do SSM. A culpa é repartida.
Chegados ao país, 2 dias depois do previsto, os passageiros furibundos deparam-se com as senhoras que dão a cara pela TAP que, não responderam a questões quentes mas, despacharam com um “foram vocês que quiseram assim”. Traduzido, significa “nós simplesmente fazemos dinheiro com a estupidez do Vosso governo”. As pessoas vivem os erros do SSM e hoje encerra mais um mês de atraso na revisão do mesmo. Os problemas são exógenos ou endógenos?
Assembleia Sazonal: A ALR está absorvida de novo pelos timings da Presidência do Governo Regional. A casa da democracia resume-se a um orçamento para jeitinhos políticos, “jobs for the boys” sem adição de competências e produz um debate paupérrimo. O último plenário da ALR ocorreu a 26 de Julho e o próximo será a 6 de Outubro, 72 dias de férias. Para Outubro estão programados 9 plenários, com o serviço a coincidir em 3 dias da semana, às Terças, Quartas e Quintas-feiras. As Sextas e Segundas-feiras são reservadas aos fins-de-semana prolongados. Na agenda de Novembro a dose repete-se. Nas épocas festivas, a ALR também é prendada. Dirão que há outros afazeres políticos. Quantos representantes do povo viram os eleitores junto de si na altura dos incêndios?

O eleitor só conhece a imunidade à qualidade de vida e o argumento dos estúpidos invocando a inveja. O fosso vai muito além de pobres e ricos. Alguns fazem muito pouco para aquilo que recebem ou gastam ao erário público.
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